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quinta-feira, 19 de março de 2015

19/03/2015 ANIVERSÁRIO DE 41 ANOS DA ESCOLA ENEDINA SAMPAIO MELO, O MAIOR CENTRO EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE IGARAPÉ-MIRI.

                                                              Vista panorâmica da Escola Enedina Sampaio Melo

HISTÓRIA DA ESCOLA ENEDINA SAMPAIO MELO
      A história da Escola Enedina Sampaio Melo teve início no auge do mais duro período da história do Brasil. O país sofria com o autoritarismo do regime militar que havia sido instaurado no dia 15 de abril de 1964 durante o golpe que derrubou o governo do presidente eleito democraticamente João Goulart.

A CONSTRUÇÃO DA ESCOLA ENEDINA
     No local onde hoje estão localizadas as Escolas Enedina Sampaio Melo e Raimundo Emiliano Pantoja, existia um campo de futebol pertencente ao Sant’Ana Esporte Clube de Igarapé-Miri. No ano de 1973 o terreno foi adquirido pela prefeitura municipal que era administrada pelo Sr. Alberone Benedito Corrêa Lobato, e entregue ao governo estadual que logo começou as obras de construção da escola. O governador da época era o Sr. Fernando Guilhon. 

                                               Alberone Lobato, o prefeito de Igarapé-Miri na época da construção 
                                                                       da Escola Enedina Sampaio Melo.

      As obras prolongaram-se até o ano de 1974, até que no dia 19 do mês de março do decorrente ano a escola foi inaugurada, sendo o nome uma homenagem à mãe do Dep. Osvaldo Melo, a professora Enedina Sampaio Melo oriunda da tradicional família miriense, Pinheiro Sampaio, nascida e criada na Fazenda Santana em Igarapé-Miri. 

                                               Deputado Osvaldo Melo, filho da homenageada Enedina Sampaio Melo.

     No entanto a escola foi erguida às margens de um pequeno caminho cercado pela mata, onde hoje é a principal rua da cidade, a Trav. Coronel Vitório. Mas a escola não foi construída em meio à floresta por acaso, o objetivo de sua construção era acelerar o crescimento urbano de Igarapé-Miri, pois a cidade ainda era pequena, tendo seus limites nas proximidades de onde hoje é o Estádio Municipal Bianor Palheta.

OS PRIMEIROS ALUNOS
      Por ficar afastada do centro da cidade a escola Enedina ficou abandonada por um longo período, até que no ano de 1977 o Grupo Escolar Manoel Antonio de Castro entrou em reforma, sendo assim suas turmas distribuídas entre as escolas Marilda Nunes e a então abandonada Enedina. As turmas transferidas para a Escola Enedina foram as de 3ª, 4ª e 5ª séries primárias.
Passaram a trabalhar na Enedina os professores que moravam mais próximo à escola. Ficando responsável pela administração a Sr.ª Rosa Maria Gomes.

                                                               Rosa Maria Gomes a primeira diretora da Enedina. 

   Após a construção da Enedina, houve naquela região da cidade um grande crescimento populacional, pois os imigrantes que aqui chegavam começaram a habitar as redondezas da escola.

A EMANCIPAÇÃO ENEDINENSE
      Durante o período de dois anos a escola funcionou somente como um membro do Grupo Escolar, que sofria com uma superlotação. No ano de 1979 as turmas enedinenses foram emancipadas da então Escola Sede, passando assim a Escola Enedina a ter direção própria e a atender a alunos de alfabetização até a 4ª série. No período de 1980 a 1983 o ensino de segundo grau (hoje Ensino Médio), foi implantado em Igarapé-Miri pelo Sistema Modular de Ensino (SOME), sendo que a aula inaugural foi lecionada nas dependências da Escola Enedina Sampaio Melo. Na época a escola ofertava o curso de magistério, contribuindo assim de forma assídua para a formação de professores em nossa cidade.

O DESMEMBRAMENTO DO TERRENO PARA A CONSTRUÇÃO DA ESCOLA RAIMUNDO EMILIANO PANTOJA
      No ano de 1990 foi implantado o ensino de Segundo Grau, já no sistema regular. Na época uma parte do terreno pertencente à Escola Enedina foi desmembrado para que fosse construída uma nova escola para receber os alunos do ensino médio já que a escola Enedina não suportava a demanda de alunos.
      Com a falta de espaço as aulas passaram a ser no prédio da Escola Eurídice Marques.
No ano de 1992, depois que a nova escola foi inaugurada, houveram vários pedidos para que as aulas do ensino médio passassem a ser lecionadas na Escola Raimundo Emiliano. O pedido foi atendido, mas por pouco tempo, acredita-se que por questões políticas as aulas do ensino médio foram transferidas para a Escola Enedina, fazendo com que a escola vizinha passasse a funcionar somente como escola de ensino fundamental.

A REGULARIZAÇÃO DA ESCOLA
      Em 1996, com a nova LDB (lei 9.394/06 – Lei das diretrizes e bases da educação), foi criado o Ensino Médio (em substituição ao segundo Grau). Sob a direção do Sr. André Sousa, a escola precisava ser regularizada, pois a Enedina tinha um grande atraso nos arquivos escolares. Para a regularização da escola foi necessária a ajuda dos alunos que incansavelmente se dispuseram a colaborar, fazendo levantamentos de relatórios e organização dos arquivos, enquanto a direção cuidava da documentação necessária para que o processo fosse concluído com sucesso. Na época a escola tinha aproximadamente 1.200 alunos, com isso foi necessário seis meses para que a escola fosse finalmente regularizada.
      Em 2001 o Ensino Fundamental foi municipalizado passando a ficar sob a responsabilidade do Governo estadual somente o Ensino Médio.

A REFORMA DA ESCOLA ENEDINA
     A partir de 2007 a Escola Enedina começava a passar pela pior fase de sua história, pois a estrutura física do prédio estava bastante comprometida, assim ameaçando a integridade física de seus alunos. Em 2008 sob a direção da professora Maria de Nazaré Rodrigues, depois de uma reunião ficou decidido que as aulas não seriam, mas lecionadas naquele prédio.

                          A foto mostra a situação precária em qua a Escola Enedina se encontrava antes da reforma

                              Com aproximadamente 35 anos a escola nunca havia recebido uma reforma completa.

     As diversas turmas de ensino Fundamental e médio foram divididas em quatro grupos que estudariam em lugares diferentes, sendo que as turmas ficaram espalhadas entre a Escola Aristóteles Emiliano de Castro (Ginásio), Escola Manoel Antonio de Castro, Barraca do Perpétuo Socorro, e o Polo Universitário de Igarapé-Miri (Escola Agrícola) localizado na PA-151. Essa situação causou um grande transtorno aos alunos e professores.
     Durante esse período os alunos, funcionários e pais de alunos organizaram várias caminhadas pedindo a reforma da escola. 

                                  Alunos e professores em protesto pela reforma da escola. Fonte Jornal O Liberal.

      Em 2009 a SEDUC alugou os andares de cima do prédio do Supermercado Quaresma localizado na Rua Rui Barbosa. Depois de uma adequação o espaço foi dividido em sete salas de aula, climatizadas com cozinha e banheiros, assim os alunos que estavam estudando na Escola Agrícola foram remanejados para lá.
      No mesmo ano durante uma visita da Governadora da época Ana Júlia Carepa, foi anunciada a tão sonhada reforma da Escola Enedina, sendo essa notícia muito comemorada pelos funcionários e alunos enedinenses. Em setembro do mesmo ano, depois de reformada os alunos finalmente retornaram a nova Enedina, assim terminando a pior fase da história da Escola.
Durante esse período a Escola Enedina registrou uma evasão escolar superior a 35%. Não esquecendo jamais de ressaltar o empenho da Ex-diretora a Professora Maria de Nazaré Rodrigues.


                                                                         Acima fotos da escola ainda em reforma
A ESCOLA ENEDINA DE HOJE
      Hoje a Escola Enedina é o maior centro educacional do município de Igarapé-Miri, e é constituída de 8 blocos, e aproximadamente 1.200 alunos espalhados entre os turnos da manhã, tarde e noite.
Créditos da pesquisa reservados à Professora Aldenora Gonçalves e aos alunos Railson Wallace e Naylana Nascimento.

                                                                               Foto atual da Escola Enedina

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